Criado para mobilizar a sociedade brasileira com o objetivo de reduzir o número e a severidade dos acidentes de trânsito, o PVST realizou centenas de seminários, produziu campanhas e cursos de direção segura, e principalmente influenciou pessoas, empresas de transporte, escolas e até cidades e governos.
O PVST nasceu como uma contribuição à sociedade brasileira para marcar os 10 anos da Volvo no País. Iniciativa de uma marca líder mundial em segurança, o Programa lançou desafios para mudar o comportamento de um País com altos índices de acidentes. “Os fundadores da Volvo já diziam que ‘veículos são feitos para transportar pessoas. Por isso, o princípio básico para todo o trabalho, do desenvolvimento à produção, deve ser sempre a segurança’”, lembra Carlos Ogliari, vice-presidente de RH e Assuntos Corporativos do Grupo Volvo América Latina. O programa lançou a premissa da empresa: se somos parte do problema, também somos parte da solução.
“A mais duradoura ação nesta área no Brasil, o PVST surgiu em uma época que acidentes eram considerados tragédias inevitáveis do trânsito de um país de terceiro mundo, que tinha causas mais urgentes com as quais se ocupar. Ele foi determinante para mostrar que acidentes devem ser tratados como ocorrências inaceitáveis”, lembra J. Pedro Corrêa, idealizador e hoje consultor do PVST. “O programa teve o envolvimento de empresas e da imprensa. A forma de olhar o trânsito mudou decisivamente”, diz.
Pesquisa de 1990 revelou que, em razão das ações do PVST, milhares de brasileiros afirmaram ter ouvido pela primeira vez a expressão “segurança no trânsito”. Entre elas estava o Prêmio Volvo de Segurança. Os vencedores recebiam troféus e uma viagem à Suécia para conhecer seu sistema de trânsito, reconhecido como um dos mais seguros do mundo. Em 30 anos foram 18 edições do prêmio, com mais de 6.000 trabalhos e 250 vencedores. O PVST ainda participou e realizou mais de 400 seminários e fóruns, programas de educação de trânsito e de motoristas e patrocínio de livros e manuais.
O PVST também conscientizou motoristas sobre a importância do cinto de segurança, cuja utilização é capaz de reduzir em até 50% as fatalidades dos acidentes. Em 1989, o uso do cinto tornou-se obrigatório no Brasil. “Se a Volvo foi visionária ao lançar o PVST, foi também exemplar ao mantê-lo, mesmo em momentos difíceis, como os de crise político-econômica do País”, observa Solange Fusco, diretora de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina.
Em 2013, o PVST mudou seu foco e alinhou suas ações à nova visão de segurança do Grupo Volvo: o Zero Acidentes, que tem como ideal de futuro zero acidentes envolvendo veículos do Grupo. “Assim como em 1987 fomos ousados ao lançar o PVST, o Zero Acidentes também é uma meta desafiadora”, destaca Solange.
Visão Zero é um posicionamento de segurança no trânsito do Parlamento Sueco, segundo o qual ninguém será morto ou ferido gravemente em acidentes de trânsito. É uma visão estratégica e uma atitude ética. O princípio é que, apesar das tecnologias dos veículos, o homem continua a cometer erros no trânsito, mas não pode pagar por eles com sua própria vida. “O PVST continuará ampliando sua atuação. Enquanto pudermos salvar uma vida, nossas ações valerão a pena”, afirma Ogliari.
Já com este foco, por meio de patrocínio cultural da Volvo e do Ministério da Cultura, foi inaugurado em 2016 em Curitiba o Memorial da Segurança do Transporte no Brasil, único espaço deste tipo na América Latina.
Este ano, o PVST lançou na internet um simulador para ajudar as empresas de transporte a identificar o grau de segurança viária em que se encontram. Acessado no portal do PVST, o simulador ajuda o transportador a reconhecer o nível de atendimento dos requisitos da ISO 39001, a norma internacional que regulamenta as ações de gestão da segurança de tráfego viário.
O Grupo Volvo também lançou recentemente o Guia Zero Acidentes para transportadores, embarcadores e outras empresas que atuam no setor. O objetivo é orientar com informações desta área e apontar caminhos para baixar o número e a gravidade dos acidentes rodoviários. O guia também é acessado no site www.volvo.com.br/pvst.
“A maioria dos acidentes se relaciona com comportamento”, observa Anaelse Oliveira, coordenadora do PVST. O Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro, criado pelo PVST com base em dados da Polícia Rodoviária Federal, mostra que acidentes com caminhões e ônibus nas rodovias federais estão em segundo lugar no ranking de acidentes por tipo de veículo. “Nosso trabalho é focado em ações para somar esforços, engajar entidades de classe, as lideranças das transportadoras e motoristas para encontrarmos soluções. É impossível atingirmos Zero Acidentes sozinhos”, finaliza Anaelse.
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