“Este Fórum foi muito importante para discutir como o Brasil pode aproveitar esta Década Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito para amenizar um grave problema nacional. É um desafio enorme, mas que só pode ser enfrentado se houver união de todas as forças da sociedade brasileira”, diz Roger Alm, presidente da Volvo do Brasil.
“O Fórum foi o momento para fortalecer as ações que visem a reduzir o número de mortos nas rodovias, para tornar o trânsito mais seguro, em consonância ao que determina a Década Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito”, destaca José Carlos Ferreira de Oliveira Filho, presidente da OHL Brasil, Grupo controlador de nove concessionárias de rodovias em várias regiões do país.
Exemplos não faltam para baixar o número de acidentes e mortes. Os modelos de ações aplicadas na Austrália, Espanha e outros países da Europa revelam os efeitos da abordagem sistêmica de segurança no trânsito e como esse conceito de ação – ainda novo aos olhos do Brasil – pode viabilizar uma nova realidade para o sistema de tráfego. Em todos os casos há a conjunção dos temas educação (criação de uma cultura de segurança de trânsito), fiscalização rigorosa e punição para todos os infratores, tratados indistintamente.
Há vários focos de mobilização mais ou menos organizados em vários pontos do país, voltados a reduzir o número de acidentes e mortes que fazem o Brasil integrar o grupo das dez nações com o maior índice de mortalidade no trânsito. Para o consultor do Banco Mundial em Segurança no Trânsito, Eric Howard, autor do conceito de abordagem sistêmica de segurança no trânsito, é necessário haver um órgão central capaz de sistematizar e organizar as ações. “O governo precisa criar uma agência líder, com estrutura capaz de tomar decisões eficientes e ágeis, que envolva também outros setores da sociedade”, analisa.
“É preciso identificar líderes-chave capazes de estabelecer metas e focar nos resultados, determinar aonde se quer chegar e que intervenções deverão ser feitas, onde, por que meios e o que cada indivíduo pode fazer para que se possa chegar aos resultados”, indica Howard. Ele ainda adverte que essa agência deve estar à frente de todas as ações, mas não deve exigir um esforço muito maior do que aquele à que a sociedade tem possibilidade de responder, sob o risco de ter que enfrentar a resistência de alguns setores.
Brasil e Espanha
O Diretor da Dirección General de Tráfico (DGT), órgão máximo de tráfego do governo da Espanha, Pere Navarro, apontou várias semelhanças entre as culturas brasileira e espanhola, observando que se o país europeu conseguiu reduzir em 57% o número de mortes por acidentes de trânsito em sete anos, o Brasil poderá atingir níveis muito satisfatórios durante a Década, “desde que haja vontade política”. Para Navarro é preciso levar a pauta de discussões para dentro dos partidos políticos, pois só assim “gera-se uma demanda pública que abre a possibilidade para o surgimento da vontade política”, diz. Navarro foi responsável pela implantação de um programa que atua de forma rigorosa na fiscalização e contra os excessos que violam as normas previstas.
Segundo ele, há fatores indispensáveis para o atingimento das metas propostas. Entre os principais estão a educação voltada à mudança de comportamento dos usuários. “Quando os motoristas acreditam na necessidade de mudanças, pode-se fazer grandes coisas, facilitando a tomada de decisão”, avalia.
Navarro cita ainda a importância da participação de cada agente social no cumprimento de suas responsabilidades, a obediência às leis, a importância da mídia na instauração de debates e divulgação dos resultados. Segundo o diretor da DGT, esse conjunto de fatores cria “um sistema completo e integrado, passível de gestão e com resultados positivos”.
Liderança
Assim como Howard, Navarro também aponta a criação de um órgão de liderança a partir do governo para gerenciar, sistematizar e mensurar as ações. “Para acompanhar os resultados é necessário que se colham os dados, as estatísticas e que se divulguem essas informações para os segmentos de interesse. É um observatório do trânsito, para registrar e sistematizar esses dados”, indica Navarro.
Além do observatório, Navarro aponta a necessidade de uma Comissão Parlamentar no Congresso e um Conselho Superior de Segurança Viária, um órgão voltado para consulta e participação de outros setores. Ainda, segundo o diretor da DGT, é preciso buscar meios de sensibilizar as pessoas contra a indiferença e o esquecimento; a banalização de uma situação que é grave. Para atacar o problema o governo espanhol decidiu adotar campanhas publicitárias veiculadas nas TVs em caráter duradouro.
Acesse o álbum de imagens deste release no Flickr
Mais informações,
Newton Chagas - Volvo do Brasil
Assessoria de Imprensa – Comunicação Corporativa
Tel.: +55 41 3317 8296 – Fax: +55 41 3317 8403
E-mail: newton.chagas@volvo.com