Dispositivo OBD faz diagnóstico e monitora emissões de poluentes

As exigências legais da fase Proconve P7/Euro 5 incluem também demandas de controle das emissões na arquitetura eletrônica dos veículos. Elas foram estabelecidas para assegurar que os níves de emissão de gases poluentes sejam mantidos dentro dos limites pré-estabelecidos ao longo de toda a vida útil dos caminhões. E é por essa razão que uma resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) estabelece a obrigatoriedade de incorporação de dispositivos de autodiagnose das funções de gerenciamento do motor que exerçam influência sobre as emissões.

Assim, nos caminhões da Volvo no Brasil há, a partir de 2012, um dispositivo chamado OBD (On Board Diagnosis). É um sistema introduzido para monitorar sinais importantes relacionados às emissões. “Este sistema monitorará constantemente o motor e indicará ao motorista eventuais falhas que afetam as emissões. E dependendo do nível de emissões de poluentes, também reduzirá gradativamente o torque do motor em caso de mal funcionamento persistente e que possa, de alguma forma, comprometer o nível de emissões”, afirma Ricardo Tomasi, engenheiro de vendas da Volvo do Brasil.

Todo o diagnóstico é feito por meio da supervisão dos sinais de vários sensores distribuídos em diversos pontos da arquitetura eletrônica do caminhão. O sistema OBD faz o monitoramento dos sistemas de injeção, admissão de ar e gases de escape. O OBD monitorará, por exemplo, o nível do tanque de ARLA 32 que o veículo terá. ARLA 32 é a abreviação para Agente Redutor Líquido Automotivo, um aditivo do sistema SCR que contribui para a redução das emissões de gases.

Conhecido na Europa como AdBlue, o ARLA 32 não será misturado no diesel, mas ficará armazenado em um tanque separado no caminhão. Feito a base de ureia, se transforma em amônia quando injetado no sistema de escape em altas temperaturas e reage com o óxido de nitrogênio emitido durante a combustão do motor. O óxido de nitrogênio é um gás poluente e nocivo à saúde, que pode causar problemas respiratórios e cardíacos.

Se o nível de NOx (óxidos de nitrogênio) estiver acima de 3,5g/kWh, o motorista será alertado por um sinal luminoso no painel, a lâmpada MIL (Malfunction Indication Lamp), e também através de mensagens no computdor de bordo. O sistema inclui um limitador de torque em caso de o nível de emissões de NOx exceder o valor acima, mas o motorista tem 48 horas para providenciar os procedimentos de reparo.

Este importante sistema controlará, por meio da análise dos sinais dos sensores dos veículos, a qualidade do reagente, sua correta dosagem e disponibilidade, alterações de desempenho do motor quando houver falta e possível emissão excessiva de poluentes indesejáveis. “O motorista terá no painel uma lâmpada de alerta dedicada ao sistema OBD, denominada MIL, semelhante às lâmpadas existentes em paineis automóveis, que acenderá na eventualidade de falhas. Mensagens no painel também avisarão o motorista sobre o problema, indicando que ações para correção do desvio devem ser tomadas”, destaca Tomasi.


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