Os candidatos a aprendizes precisam ter no mínimo 18 anos, ter completado o ensino fundamental e gostar da área de manufatura. O curso, que é destinado a pessoas com deficiência, já está em sua quarta turma e tem 700 horas de aprendizagem distribuídas em 18 meses. A parte prática é realizada na Volvo e no Senai.
“Não somos os únicos com dificuldade em captar candidatos”, destaca Rubens Cieslak, do departamento de recursos humanos da Volvo do Brasil, responsável pelos programas de aprendizes e de inclusão de pessoas com deficiência. “A falta de candidatos é resultado do alto ritmo da economia e também em parte devido à falta de informação dos interessados sobre esta excelente oportunidade de qualificação e emprego”, diz Cieslak.
A Volvo do Brasil começou a desenvolver seu Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência (PCD) em 2005, por meio de uma associação com a Unilehu, uma Organização Não-Governamental que tem como objetivo a inclusão no mercado de trabalho de pessoas com deficiência. O objetivo da Volvo vai além do cumprimento à exigência legal de ter 5% de pessoas com deficiência em seu quadro funcional.
“Queremos estimular a diversidade. As diferenças se transformam em vantagens e contribuem para aumentar a produtividade e a qualidade, a colaboração e a capacidade de inovação”, afirma Carlos Morassutti, diretor de recursos humanos e assuntos corporativos da Volvo do Brasil.
Pelos bons resultados que vem obtendo com este programa, a Volvo foi a primeira colocada na etapa estadual e a segunda colocada na premiação nacional do 14º Prêmio Sesi Qualidade no Trabalho, categoria Grandes Empresas, do tema Educação e Desenvolvimento, com a prática Aprendiz Industrial - Pessoas com Deficiência.
Além da Unilehu, a Volvo mantém uma parceria com o Senai, que permitiu a criação do curso para o mercado de Montador de Veículos Pesados. Uma das inovações da foi definir o aproveitamento das pessoas com deficiência em dois programas: o Programa de Aprendizes, e o Programa Inclusão de Pessoas de Deficiência. Após os 18 meses de duração dos cursos, os aprendizes podem escolher trabalhar na Volvo ou em outra empresa que quiser contratá-los.
Desde o primeiro curso já foram desenvolvidas para o mercado 44 pessoas com deficiência. Desse total, 30 pessoas trabalham na Volvo. “A dificuldade de encontrar pessoas habilitadas a atender as exigências do setor automotivo eram extremas. O curso preencheu essa lacuna. Cerca de 68% dos alunos foram prontamente aproveitados no quadro funcional da empresa que, nos últimos anos, teve crescimento de 71% nas contratações de pessoas com deficiência”, finaliza Cieslak.
Os interessados devem procurar a Unilehu (R. Visconde do Rio Branco, 888, Mercês, Curitiba, PR, Tel.: 41 333-6921, e-mail: rh@unilehu.org.br) até o próximo dia 10 de junho.
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