Do Brasil, sairão neste domingo, dia 22, com destino a Miami, nos Estados Unidos, os veleiros Telefónica, Groupama, Puma, Camper e Abu Dhabi. A embarcação chinesa Sanya teve problemas e irá direto para os EUA.
O Camper teve que parar seis dias no Chile para reparar danos estruturais – uma peça que garante sustentação rachou. O Puma teve problemas com a tripulação: o proeiro Casey Smith machucou as costas em uma troca de velas e o timoneiro Thomas Johanson deslocou o ombro após ser derrubado por uma onda.
O espanhol Telefónica sofreu uma delaminação (quando as camadas de fibra de carbono que formam a estrutura do barco se rompem) no casco causada pelo choque com uma onda gigantesca. O Abu Dhabi quebrou logo nas primeiras horas da regata, também com rachaduras em uma antepara e teve de voltar para a Nova Zelândia.
O time chinês Sanya, que nem mesmo virá ao Brasil, chegou a liderar a etapa, mas também sofreu com as altas ondas e teve varias graves no leme. O barco será levado de cargueiro para os Estados Unidos. Os franceses do Groupama ficaram dois dias parados em Punta del Este, no Uruguai, pois o barco perdeu o mastro quando lideravam a regata.
Esta sempre foi a etapa mais difícil da regata. As embarcações tiveram de cruzar 12.417 quilômetros (6705 milhas náuticas pelos mares do Sul, enfrentando pontos sensíveis e estratégicos, como o temível Cabo Horn, considerado o “Fim do Mundo”, no extremo Sul da América do Sul, onde as condições de navegação são extremamente severas). Os velejadores enfrentam desde ondas de até 10 metros, passando por enormes variações climáticas, e calor escaldante na linha do Equador, até o frio congelante das regiões antárticas.
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