O Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro mostra que é grave o cenário de acidentes e mortes nas rodovias federais brasileiras, mas o levantamento revela também que algumas estradas reduziram bastante as fatalidades nos últimos dez anos. Feito a partir de números do banco de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a pesquisa mostra situações exemplares de melhorias.
É o caso, por exemplo, de um trecho da rodovia Fernão Dias, na BR 116, que liga São Paulo a Belo Horizonte, entre os quilômetros 415 e 424, a cerca de 40 quilômetros da capital mineira. Montanhoso e difícil, o trecho de serra tem um histórico de fatalidades: Somente de 2007 a 2010 morreram 59 pessoas naquela parte da estrada. Apenas no ano de 2007 foram 19 mortes.
Em 2011, o número de mortos despencou para três e seguiu com números mais baixos, com apenas uma elevação: seis mortes em 2012, 11 em 2013, cinco em 2014, três em 2015 e apenas uma em 2016. “É uma redução muito significativa, principalmente por se tratar de uma estrada com histórico letal”, comemora Sebastião de Amorim, diretor técnico da Tecnométrica, empresa de engenharia da informação responsável pela pesquisa.
Infraestrutura e legislação
“A redução de mortes em perímetros urbanos de rodovias federais decorre de uma série de fatores, como melhorias na infraestrutura, obras de duplicação de pistas, instalação de passarelas para travessia de pedestres e fechamento de retornos ou de cruzamentos perigosos”, explica o policial rodoviário federal Fernando Oliveira, chefe do Núcleo de Comunicação da PRF no Paraná.
Para ele, também foi importante o crescente rigor da legislação de trânsito para infrações como embriaguez ao volante e ultrapassagens proibidas, além da intensificação das ações policiais de fiscalização, com ênfase nas condutas de maior risco, como o controle de velocidade através de radares.
“É importante identificar quais são os trechos nos quais há maior necessidade de foco e ações para diminuir o número de acidentes e mortos, mas também é preciso evidenciar os fatos positivos observados em alguns pontos das rodovias, para que as autoridades continuem com ações que tragam ainda mais melhorias”, complementa Anaelse Oliveira, responsável pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito e coordenadora do Atlas.
Outro grande avanço foi registrado na BR 116, no trecho entre Curitiba e Fazenda Rio Grande, cidade da região metropolitana da capital paranaense. Ponto de tráfego pesado e intenso, este local acumulava uma triste estatística de duas mortes por mês em 2007, quando morreram 24 pessoas. Este trecho experimentou uma lenta, mas importante melhora na última década, com o número de mortos caindo, principalmente a partir de 2013, com cinco fatalidades, seguindo em 2014 com sete mortes, duas em 2015 e cinco em 2016.
Vitória-ES
O trecho compreendido entre os quilômetros 2 e 11 da BR 262 na região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, tem também um registro negativo, mas vem melhorando ao longo dos anos. Perigosa, esta estrada apresentou um índice muito alto de fatalidades no período de 2007 a 2011, quando 69 pessoas perderam a vida em acidentes naquela região. A partir daí o número de mortes foi caindo drasticamente: seis em 2012, cinco em 2013, três em 2014 e nenhuma morte em 2015 e 2016.
“Ainda é um progresso que avança lentamente em termos de resultados, mas é fundamental buscarmos melhorar estes números, seja como usuários, com comportamentos adequados, ou como autoridades, com melhorias na infraestrutura e fiscalização”, finaliza Solange Fusco, diretora de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina, empresa que tem globalmente a meta de zerar os acidentes com os veículos da marca.
Informações
Todas as informações do Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro podem ser acessadas no portal www.atlasacidentesnotransporte.com.br.
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